A Prefeitura de Belo Horizonte oferece o diagnóstico e tratamento gratuitos para a esporotricose, doença infecciosa causada por um fungo que pode ser transmitida a humanos principalmente por arranhões, mordidas ou contato direto com as lesões de gatos infectados. O serviço é feito pelo Complexo Público Veterinário (CPV), localizado no Bairro Madre Gertrudes, na região Oeste.
Os principais sintomas apresentados pelos felinos são feridas que não cicatrizam, nariz inchado ou espirros constantes. É importante destacar que não há transmissão pelo ar. Em 2025, já foram registrados 650 casos em gatos. Nos humanos, os sintomas são semelhantes, começando com uma lesão na pele, parecida com picada de inseto, que pode virar uma ferida. Neste ano, são 179 registros.
Nos últimos anos, a capital mineira registrou aumento no número de casos de esporotricose e o CPV se tornou peça fundamental no combate à doença. Desde 2024, mais de 830 gatos foram tratados com sucesso na unidade. Atualmente, 140 animais são atendidos no equipamento, por mês, especificamente para triagens relacionadas à doença, graças à adesão da população em busca de tratamento adequado para os pets.
O diagnóstico da doença é feito por meio da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e com a UFMG. O CPV repassa aos tutores orientação veterinária, medicamento e ração úmida para facilitar a administração do remédio, com acompanhamento mensal. O Complexo também utiliza a telemedicina para acompanhar alguns casos.
O serviço da PBH é referência nacional no enfrentamento à esporotricose, com um programa estruturado que une saúde animal e saúde pública.
Identificação da esporotricose
O diagnóstico precoce e a responsabilidade do tutor são as melhores armas para vencer a doença. É preciso ficar de olho nos sintomas apresentados pelo felino:
- Feridas que não fecham e se espalham pela pele, principalmente nas regiões da cabeça, membros e dorso do animal;
- Caroços (nódulos) nas patas, no corpo e no focinho;
- Nariz inchado, espirros e corrimento nasal (quando a doença afeta o sistema respiratório);
- Prostração e perda de apetite.
É crucial seguir o tratamento até o final, mesmo após a cicatrização das feridas, por mais um ou dois meses, para garantir a cura completa e evitar recaídas. Posteriormente, o animal é encaminhado para castração e vacinação antirrábica gratuitamente.
Atendimento
O tutor pode procurar o centro de saúde mais próximo para solicitar a avaliação do felino pela equipe de Zoonoses. Os cuidados dos animais com esporotricose são realizados aos sábados mediante agendamento prévio exclusivamente online. Tutores devem entrar em contato exclusivamente pelo WhatsApp (31) 98778-2003, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, para marcar a consulta.
No dia agendado, o animal passa por uma avaliação clínica realizada pelos médicos veterinários do CPV. O medicamento é fornecido gratuitamente, bem como o tratamento da doença e todas as orientações necessárias. É essencial o retorno mensalmente para consultas de acompanhamento e buscar a medicação.
Orientações aos tutores
- Isole o animal doente: mantenha o gato em um cômodo da casa, sem acesso à rua ou a outros animais;
- Use luvas: ao manipular o gato ou limpar o ambiente onde ele fica, sempre use luvas para se proteger;
- O abandono do animal é crime e agrava o surto, espalhando a doença. Com tratamento, as chances de cura são altíssimas;
- Transporte seguro: leve o animal ao veterinário sempre em uma caixa de transporte coberta para evitar a dispersão do fungo durante o trajeto.
Complexo Público Veterinário
Endereço: Rua Albert Scharlé, 79 - Madre Gertrudes
Atendimento aos sábados, mediante agendamento prévio via WhatsApp (31) 98778-2003 (de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h).
Mais informações podem ser obtidas neste link.
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