
Os parques municipais de Belo Horizonte tiveram redução expressiva nos incêndios florestais, neste ano. De acordo com dados da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), foram registradas oito ocorrências em 2025, com 30.157 m² de área queimada, enquanto em 2024 foram 35 registros e 264.863,39 m² atingidos pelo fogo. A comparação indica diminuição de cerca de 89% na área queimada e de 77% no número de ocorrências.
A redução é resultado de ações preventivas desenvolvidas pela FPMZB com a participação da população. “Atuamos em várias frentes, incluindo capacitações, com distribuição de materiais, ações conjuntas com outros órgãos da PBH, instalação de sinalizações educativas e abordagens junto a moradores próximos às áreas verdes. Essas pessoas tornaram-se importantes agentes, atuando não apenas como multiplicadores de informações, mas como apoiadores, acionando os órgãos responsáveis quando são iniciados incêndios nos parques”, diz o presidente da FPMZB, Gelson Leite.
Um cronograma de ações é executado o ano todo e intensificado nos períodos de seca, incluindo a criação de aceiros, faixas de solo exposto, sem vegetação, localizados normalmente ao longo das cercas e muros de divisa dos parques com as casas e outras áreas. A finalidade é dificultar ou até impedir a continuidade de propagação do fogo, servindo como vias de acesso pelos combatentes, no caso de uma operação.
Além disso, a rede planejada de aceiros aumenta as chances de contenção das chamas, impedindo que o fogo atinja estruturas e ambientes sensíveis. As ações incluem, ainda, o manejo da vegetação com podas, capinas, retirada de folhas e galhos secos soltos nas matas.
Protocolo Integrado
Desde 2024, a FPMZB adota o Protocolo Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais em Parques Municipais, desenvolvido em parceria com vários órgãos da Prefeitura, como a Guarda Civil Municipal, Defesa Civil, Centro Integrado de Operações de BH (COP) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O Corpo de Bombeiros também faz parte do trabalho.
A partir dele foram estabelecidas diretrizes para a ação coordenada entre as instituições envolvidas, garantindo o monitoramento preventivo e a resposta rápida e eficaz em caso de incêndios florestais. O documento tem como eixos centrais a prevenção e monitoramento, ações de pronta resposta rápidas, a capacitação e o treinamento, além da educação ambiental.
O Protocolo Integrado reforça o compromisso da PBH e das entidades parceiras em proteger os parques municipais, que são essenciais para a qualidade de vida e o bem-estar dos moradores de Belo Horizonte. Ele também simboliza um avanço significativo na capacidade do município em enfrentar os desafios dos efeitos climáticos e proteger as áreas verdes, reafirmando sua posição como uma cidade comprometida com a sustentabilidade e a preservação ambiental.
Uma das iniciativas importantes deste protocolo é a participação de funcionários dos parques, usuários e vizinhos das unidades, que têm contribuído para a inibição dos inícios de incêndios bem como o acionamento do protocolo na medida em que o incêndio acontece, proporcionando uma resposta rápida das instituições envolvidas.
Outro importante parceiro para essa queda no número de incêndios florestais nos parques municipais é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). O acordo de cooperação técnica com a FPMZB possibilitou o desenvolvimento de atividades no âmbito da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, especialmente com ações de educação ambiental e compartilhamento de espaços físicos para instalação de brigadas de combate a incêndios, como no Parque Burle Marx.
A parceria, que vale até julho de 2029, também prevê a cooperação nas atividades promovidas em viveiros florestais para produção de mudas de espécies nativas para a recuperação de áreas degradadas pelo fogo em áreas verdes e parques do município e o desenvolvimento de capacitações conjuntas.
Mobilização e envolvimento social
Neste ano, a FPMZB também iniciou o Projeto Rondon - Parque, Sustentabilidade e Saúde, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Guarda Municipal, Secretaria de Saúde (Controle de Zoonoses) e o Projeto Rondon Minas. Durante todo o ano, parques municipais de diferentes regiões receberam atividades educativas, com a distribuição de materiais e a abordagem da população por equipes de voluntários. As atividades contemplaram ainda orientações sobre a prevenção de zoonoses, como raiva, esporotricose, febres maculosa e amarela. Até o momento, a ação foi promovida em mais de 25 parques.
As ações de mobilização social e educação ambiental são realizadas por rondonistas, universitários, técnicos e professores. O objetivo é contribuir para o combate ao abandono de animais domésticos, silvestres e exóticos e a prevenção de incêndios para proteção desses espaços, ampliando a rede de vizinhos e usuários dos parques que atuam como a primeira fonte de acionamento do protocolo de prevenção e combate a incêndios nos parques.
Completando as ações de prevenção à incêndios florestais, a FPMZB criou placas educativas destacando que colocar fogo em áreas verdes, incluindo os parques municipais, é crime ambiental. Há, ainda, telefones para denúncias. A proposta foi desenvolvida nos mesmos moldes de placas de sinalização de segurança para serem afixadas nas cercas dos parques visando inibir a entrada e a ação de incendiários. As placas foram distribuídas em pontos estratégicos e nos parques com maior incidência de incêndios.
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