Você está grávida e está ansiosa pela chegada do seu bebê, mas você precisa fazer uma radiografia ou ressonância e está preocupada com a saúde do seu filho? De fato, os exames de imagem causam certo receio, pois nem todos são indicados para gestantes.
As técnicas que envolvem a radiação ionizante, por exemplo, costumam ser evitadas nessa fase, pois as máquinas emitem ondas eletromagnéticas capazes de alterar a estrutura dos átomos e trazer prejuízos muito graves ao bebê, como malformações e até mesmo aborto.
Porém, nem todos os exames de imagem utilizam esse tipo de radiação – e, mesmo entre aqueles que utilizam, nem sempre ela representa um perigo iminente para o feto.
Em algumas ocasiões, esses exames são imprescindíveis para o diagnóstico, de forma que deixar de realizá-los pode oferecer um risco ainda maior para a mãe e o bebê.
Pensando nisso, nós elaboramos uma lista de mitos e verdades sobre a segurança dos exames de imagem durante a gestação. Assim, você ficará mais bem informada e muito mais tranquila nesse período tão especial. Confira:
1. Todo exame de imagem oferece riscos ao bebê
Mito. A ultrassonografia, por exemplo, é um exame de imagem que não traz prejuízos ao feto – inclusive é o exame mais esperado por toda gestante, já que ele permite confirmar a gravidez, ouvir os batimentos cardíacos e descobrir o sexo do bebê.
Os exames que podem oferecer riscos à criança são aqueles que utilizam a radiação ionizante, ondas eletromagnéticas de alta energia que interagem com os tecidos e podem provocar alterações dentro das células.
Esse é o caso da radiografia (ou exame de raios-X) e da tomografia computadorizada. Já o ultrassom e a ressonância magnética funcionam por meio de outras tecnologias, que não oferecem esses riscos ao feto.
2. É suficiente fazer três ultrassonografias durante a gestação
Para uma gravidez de baixo risco, verdade. Nesses casos, a recomendação é fazer um ultrassom em cada trimestre de gestação, com os seguintes objetivos:
? 1º trimestre: ultrassom obstétrico para confirmar o tempo de gestação e detectar possíveis malformações ou doenças cromossômicas;
? 2º trimestre: ultrassom obstétrico morfológico para verificar o desenvolvimento dos órgãos do bebê;
? 3º trimestre: ultrassom obstétrico com a finalidade de avaliar o crescimento do feto, condições como excesso de peso ou desnutrição, quantidade de líquido amniótico e características da placenta.
Já para as gestações com risco mais elevado, o obstetra poderá solicitar esse exame com mais frequência – uma vez por mês, por exemplo. Além disso, dada a grande expectativa de mamães papais, o mais comum é que sejam feitos pelo menos cinco ultrassons nesse período.
Diferente de outros exames de imagem, a ultrassonografia utiliza ondas sonoras, e não a radiação ionizante. Por isso, ele não apenas é feito durante o pré-natal como também se torna o exame de escolha para investigar doenças durante a gestação.
3. A ressonância magnética é segura para o bebê
Verdade. Assim como o ultrassom, a ressonância magnética é um exame de imagem que não utiliza radiação ionizante. Em vez disso, seu funcionamento se dá pela formação de um campo eletromagnético.
Um exemplo de indicação da ressonância é para suspeitas de cálculo renal ou infecção urinária grave com prejuízo aos rins (pielonefrite). Nesses casos, as regiões abdominal e pélvica terão que ser expostas à máquina, e assim o útero é poupado da radiação.
Porém, por este ser um exame de alto custo e necessitar do uso de contraste (que pode comprometer a função renal), recomenda-se iniciar a investigação de problemas de saúde da mãe por meio do ultrassom, recorrendo à ressonância como método complementar.
4. Gestantes nunca podem fazer radiografia ou tomografia computadorizada
Mito. Embora esses dois exames utilizem radiação ionizante – que, em excesso, é capaz de causar malformações, aumentar as chances de câncer infantil e até mesmo provocar aborto –, as doses de uma única aplicação não são suficientes para afetar o bebê.
Dessa forma, radiografias e tomografias de regiões como crânio, coluna cervical, coluna dorsal, tórax e extremidades dos membros expõem o feto a uma radiação praticamente nula e que não oferece perigo, pois o útero está fora do campo de visualização.
Contudo, é preciso adotar cuidados especiais, como a utilização da menor dose possível e a proteção do abdômen com um avental de chumbo para barrar a radiação.
5. Exames de raios-X e tomografia devem ser utilizados com muita cautela em gestantes
Verdade. Apesar de ser possível examinar áreas do corpo distantes do útero por meio desses exames, eles devem ser reservados apenas para quando o ultrassom e a ressonância magnética não puderem fornecer um diagnóstico preciso ou não estiverem disponíveis.
Embora a dose de radiação ionizante seja muito baixa e praticamente incapaz de causar danos ao feto (especialmente depois da 16ª semana), é preciso considerar que ela tem efeito cumulativo.
Assim, mesmo que um único exame não exponha o bebê a grandes riscos, uma combinação de tomografias (que utiliza doses bem maiores de radiação do que a radiografia) poderia ultrapassar o limite seguro.
Além disso, a tomografia costuma utilizar o corante iodado, que está associado a um maior risco de hipotireoidismo em recém-nascidos.
Vale lembrar, porém, que cada caso é um caso e que somente o seu médico poderá contrapor os riscos e benefícios de um exame de imagem. Em algumas situações, deixar de fazer uma tomografia pode ser mais perigoso do que a radiação em si.
Outro ponto que devemos ter em mente é que esses exames oferecem a vantagem do laudo a distância, que permite fornecer um diagnóstico preciso em questão de minutos – uma característica essencial em casos de urgência.
Agora que você conhece esses mitos e verdades sobre exames de imagem durante a gestação, você certamente estará mais preparada para conversar com seu obstetra. Na dúvida, sempre siga as recomendações do profissional que cuida de você, combinado?
Por Luana Santos – SEO Marketing
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