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Polícia Sem arrependimento

Frio, jovem disse ter assassinado garota de programa por 'vontade de matar'

À polícia, suspeito do crime no Estoril alegou não estar arrependido e disse que durante a relação sexual sentiu vontade de matar a jovem de 18 anos

18/10/2019 às 14h14
Por: Redação Fonte: OTempo
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Delegada Michelle Campos concedeu entrevista sobre o caso no DHPP - Foto: Alex de Jesus / O Tempo
Delegada Michelle Campos concedeu entrevista sobre o caso no DHPP - Foto: Alex de Jesus / O Tempo

Após se entregar à polícia nessa quinta-feira (17) e confessar ter esganado a garota de programa, 18, até a morte no apartamento dela no bairro Estoril, região Oeste de Belo Horizonte, o suspeito do crime alegou não estar arrependido e garantiu à delegada que, desde a morte de seu pai há três anos, sentia vontade de matar alguém. Ele, que tem 21 anos, já está sob custódia do sistema prisional, e cumpre mandado de prisão temporária no Ceresp Gameleira.

Orientado por seus advogados, o homem contou em depoimento ter chegado ao prédio da vítima sem intenções de assassiná-la. Contudo, durante o ato sexual, disse que sentiu vontade de esganá-la e até chegou a "avisá-la" que assim o faria. É o que relatou a delegada Michelle Campos, à frente das investigações do caso, durante entrevista nesta sexta-feira (18). 

"Ele demonstrou ser uma pessoa muito fria. Contou que chegou até lá com o intuito de ter um programa sexual e que, durante o ato, veio a vontade nele, que já existia antes, de matar uma pessoa. E, por isso, ele teria decidido matar a garota", explica.

Assim, ele a esganou com as próprias mãos. Depois de assassiná-la, pegou o cabo da televisão – que estava enrolado no pescoço da jovem quando ela foi encontrada pela Polícia Militar na terça-feira (15) – e tornou a enforcá-la, para certificar-se de que o corpo já estava sem vida. "Ele relatou, inclusive, que estava até com o dedo inchado de tanta força que colocou no pescoço dela".  

Corpo limpo e apartamento organizado

À delegada, o criminoso detalhou ter cuidado de limpar o corpo da jovem após executá-la, para evitar que seu material genético fosse encontrado nela. Não satisfeito, ele teria arrumado todo o apartamento, roubado o celular da vítima e levado consigo os documentos de identidade da garota, de modo a dificultar o reconhecimento do corpo. 

"Ele saiu tranquilamente do prédio cerca de uma hora e meia após entrar. Relatou que pegou um táxi, teria ido para casa e, lá, resolveu fugir para Curitiba", explica Campos. Este crime aconteceu na segunda-feira (14) à noite e a mãe dele chegou a ir até a polícia nessa mesma data para registrar o desaparecimento do filho.

Aliás, familiares é que o convenceram a retornar do Paraná e se entregar. Além disso, ele também teria tomado a decisão de confessar o crime ao ler no noticiário que investigadores já tinham identificado a vítima e estavam à procura do último a homem a ser visto com ela. 

Desde terça-feira (15), quando uma amiga percebeu o sumiço da garota, foi procurá-la e descobriu sua morte, a polícia já estava no encalço do criminoso. Os procedimentos práticos adotados para segurança dos moradores do apart-hotel onde o programa aconteceu foram determinantes para isso. Uma vez que, antes de entrar no quarto da mulher, o suspeito precisou registrar-se na portaria. Ao funcionário do prédio, ele forneceu seu documento de identidade, que lá permaneceu arquivado. 

Características

Morador de um bairro classe média-alta na região Centro-Sul de Belo Horizonte, ele conheceu a garota através de um site – onde programas sexuais são oferecidos – e combinaram que, ao fim do serviço, ela receberia R$ 350. 

Ao depor, ele usou a morte do pai, acontecida por causas naturais há três anos, para justificar sua vontade de cometer um assassinato. "Ele relatou que desde então surgiu a vontade de matar alguém. Aproveitou aquele momento, durante o programa, quando a vontade surgiu de novo de repente e executou a jovem", detalha Campos. 

A investigação seguirá e, nos próximos dias, familiares e amigos da vítima, assim como moradores do prédio, serão convidados a depor para que o inquérito seja concluído e repassado à Justiça. Por enquanto, o quadro não é tratado como feminicídio, posto que, segundo a delegada, ao que tudo indica ele não matou pelo fato dela ser mulher, mas por querer matar alguém, independente de quem fosse. 

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