Após ser cassada na Câmara Municipal de Jequitibá, no dia 15 de janeiro deste ano (2020), por quebra do decoro parlamentar, mesmo tornando-se inelegível, a ex-vereadora Hanna Karina Conceição Lima (PSDB) está tentando lançar-se como candidata a prefeita de Jequitibá.
No último domingo (6 de setembro), ela fez discurso na convenção do “Partido Solidariedade”, como pré-candidata a prefeita do município. Hanna Karina afirmou que agora é a hora de Jequitibá ter a oportunidade de dar a volta por cima, se referindo ao fato de ter sido cassada em janeiro desse ano quando ainda era vereadora da cidade. Em seguida completou: “Não sabiam eles, que quando me jogaram no abismo eu iria voar. Não porque eu tivesse asas, mas porque o povo me deu a mão e me pediu pra voltar”.
Relembre o motivo da cassação, amplamente publicado pelo Site Mega Cidade:
O motivo da cassação foi o fato dela ter, de acordo com o processo instaurado no Poder Legislativo, “ter invadido a sala onde estava ocorrendo atendimento médico a uma paciente. Inclusive esta respondendo um processo criminal de acordo com o art. 65 da lei de contravenção penal que é molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade por acinte ou por motivo reprovável.”
A ex-vereadora Hanna Karina estava em seu primeiro mandato. Ficou entendido que vereador tem o poder de fiscalizar, mas tem que ser de forma moderada e respeito, e a então vereadora Hanna Karina, ao entrar de uma sala de atendimento médico, durante o atendimento a uma paciente, invadiu a privacidade da relação médico e paciente.
Em sua defesa, a ex-vereadora Hanna Karina teria alegado perseguição política e que estava exercendo sua função parlamentar que é fiscalizar, bem como não entrou sem autorização. Porém, testemunhas que presenciaram o fato disseram que ele entrou sem autorização.
Em virtude da reclamação feita pelos servidores que se encontravam no local do atendimento médico, o secretário de Saúde fez uma denúncia à Câmara pelo abuso da vereadora em ter invadido a sala durante o atendimento a uma paciente.
Como foi o processo legislativo - Foi disponibilizado à vereadora o direito ao contraditório e à ampla (defesa), porém, diante das provas robustas, entendeu a comissão especial em seu parecer final de que houve quebra de decoro parlamentar, pois a então vereadora invadiu a sala onde estava ocorrendo um atendimento médico sem autorização, perturbando os trabalhos e o bom andamento das consultas médicas.
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