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Vacinação contra a Covid impediu a morte de até 11 mil idosos em Minas

Além das mortes, a vacinação pode ter evitado que até 18 mil idosos ficassem internados em estado grave

02/08/2021 às 14h21 Atualizada em 02/08/2021 às 14h36
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com Hoje em Dia
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Até 11 mil mortes por Covid-19 entre mineiros com 60 anos ou mais podem ter sido evitadas em apenas quatro meses deste ano graças à vacinação. A estimativa é de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também calculam que entre 10 mil e 18 mil idosos teriam driblado a necessidade de internação ao não desenvolverem a forma grave da doença depois de se imunizarem. 

Para obter os números, os estudiosos fizeram projeções de óbitos e hospitalizações por síndrome respiratória aguda, mantendo as proporções por faixa etária. Os dados foram analisados entre 14 de março e 12 de junho de 2021, período correspondente a um dos picos de contaminação pelo coronavírus no Brasil.

“Quando tivemos aquela retomada forte do crescimento, houve um aumento de casos na idade mais ativa e, consequentemente, uma redução na população idosa, que poderia ser explicada pela aceleração do contágio”, explicou Marcelo Gomes, pesquisador em saúde pública e coordenador do InfoGripe da Fiocruz.

Segundo o epidemiologista, quando o ápice da transmissão foi atingido, esse cenário se estabilizou entre os mais jovens. Com as referências em mãos, foi feita uma análise baseada nos números de novos casos graves e óbitos semanais de adultos. “Usamos o que foi observado na população abaixo de 60 anos para estimar o que potencialmente teria acontecido com os idosos na ausência da vacina”, afirmou.

Desta forma, o pesquisador estima que a aplicação das injeções pode ter salvado entre 5 mil e 11 mil idosos em Minas, somente no período estudado. No entanto, ele ressalta que o impacto real pode ser ainda mais alto. “Se tivesse começado antes, com uma campanha mais rápida, com um volume maior de doses sendo distribuídas a cada janela de envio, seria maior”.

“Se tivesse começado antes, com uma campanha mais rápida, com volume maior de doses sendo distribuídas a cada janela de envio, seria maior”
Marcelo Gomes - Pesquisador da Fiocruz sobre a relação entre a vacinação e as mortes

O especialista lembra, ainda, que o auge da enfermidade poderia ter sido menos letal, pois o grupo de risco teria uma proteção maior contra o vírus. Ao todo, a Secretaria de Estado de Saúde já contabilizou mais de 35 mil mortes de pessoas nessa faixa etária no território mineiro. 
“Teríamos chegado naquele pico com uma proteção mais adequada pelo menos entre a população mais idosa”, completou. 

Além disso:

De acordo com a Fiocruz, a mesma análise não pode ser utilizada para avaliar a eficiência da vacinação antes do período de estudo. “Alí, é esperada uma mudança no perfil etário. Se a gente usasse o perfil anterior a isso, estaríamos misturando as duas coisas. Parte do que é o efeito natural da transmissão, estaríamos colocando na conta da vacinação”, acrescenta o pesquisador Marcelo Gomes.

Conforme Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid de Belo Horizonte, para garantir a imunidade e evitar a forma grave da doença, o reforço é fundamental. Além disso, ele confere mais proteção contra a mutação Delta. “Os dados mostram que apenas uma dose da vacina não consegue impedir a infecção pela variante. Com duas, essa proteção aumenta”, avaliou o médico.

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