A comunidade judaica no Brasil reagiu duramente às declarações do youtuber e apresentador Monark, que, durante entrevista no podcast Flow, defendeu a existência de um partido nazista no país reconhecido pela lei. "Acho que deveria existir um partido nazista, reconhecido pela lei", disse. Participaram da entrevista os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).
Nas redes sociais, o perfil Judeus pela Democracia manifestou a insatisfação. "Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão!"
O perfil destacou a resposta da deputada. "Tabata perfeita na resposta, mas um detalhe: nazismo é contra a existência não só de judeus, mas de todos os 'diferentes'".
Tabata Amaral
A defesa de um partido que proclama o ódio aos judeus, negros, homossexuais e outros grupos foi rebatida pela deptuada federal Tabata Amaral (PSB) durante o programa. Também gerou muita indignação nas redes sociais.
No entanto, apesar de um partido nazista se basear em um discurso do ódio, a proposição de Monark foi apoiada pelo deputado Kim Kataguiri (Podemos), que também participou do programa.
O nazismo foi um sistema político que estava na base ideológica do Holocausto, capítulo nefasto na história da humanidade que resultou na morte de 6 milhões de judeus.
Tabata defendeu que a existência de um partido nazista não representa a liberdade de expressão, como foi defendido por Monark e Kim, mas, sim, a propagação de um discurso de ódio contra grupos sociais.
A Constituição Federal de 1988, no artigo 3°, determina que não pode haver a manifestação de preconceito baseada na origem, raça, sexo, cor e idade. O direito à liberdade de expressão não pode ferir o direito de existência do outro.
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