O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou nesta terça-feira (12) que 24 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em Olhos D’Água (MG), no norte de Minas.
A fiscalização foi realizada em uma fazenda de corte de eucalipto e de produção de carvão. De acordo com o órgão, os trabalhadores estavam submetidos a alojamentos sem água potável, energia elétrica, sanitários e instalações com telhas de amianto. Os serviços eram realizados sem equipamentos de proteção individual.
Um jovem de 17 anos foi encontrado realizando o trabalho de desgalhador, atividade que consta na lista das piores formas de trabalho infantil.
A procuradora do Trabalho que atua no caso, Sarah Bonaccorsi, relata que “os trabalhadores estavam submetidos a condições subumanas, em um alojamento de alvenaria e telha de amianto, sem água potável, energia elétrica, geladeira e sanitários, sendo os trabalhadores obrigados a fazer necessidades fisiológicas no mato. Um caso típico de trabalho escravo contemporâneo, por conta das condições degradantes", classificou a procuradora. "Na prestação de serviço, não estava sendo realizado o controle de jornada, não foram fornecidos os devidos equipamentos de proteção individual (EPI’s) e tampouco havia treinamento para os trabalhadores”, descreve a procuradora.
Além de resgatar os trabalhadores, o MPT vai acionar na Justiça a empresa que os contratou para realizar o pagamento de indenizações por danos morais e coletivos e solicitar a inclusão da firma na Lista Suja do Trabalho Escravo. A operação de resgate também contou com a participação de auditores fiscais do trabalho e agentes da Polícia Federal.
* com informações do MPT
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