Partos empelicados são muito raros. Tanto que, em 10 anos de atuação em fotografia maternal, a belo-horizontina Paula Beltrão nunca tinha acompanhado um de perto. A situação mudou no último dia 9 de abril, em um hospital da capital mineira. Um dos bebês de uma cesariana gemelar veio à luz sob a película fina e transparente da bolsa amniótica.
"A médica fez todo o procedimento para que eles nascessem da forma mais respeitosa possível. Eles foram tirados devagarinho. Ver o bebê empelicado, como ele tava, dormindo, esticando um brancinho, começando a se mexer. Isso me permitiu acompanhar a ambiência criada, e me proporcionou conseguir aquelas imagens de força não só da natureza, do corpo feminino, como da beleza do nascer, mesmo", relatou a fotógrafa, de 44 anos, que já registrou mais de mil partos.
Paula lembra que o que sempre a encantou na fotografia é a chance de poder "contar e eternizar momentos que não voltam". Ela pontua que uma mãe só pode perceber melhor o que foi a chegada de um filho a partir das imagens registradas. "É uma missão de muita entrega, dedicação. É um resgate desse momento único. Minha função é deixar guardado aquele sentimento que é aflorado e que só vai voltar com a visualização dos registros", contou.
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A publicação das fotos do bebê empelicado foi autorizada pela Paula e pela mãe dos gêmeos, que não quis ser identificada. Saúde e luz para eles e para a Paula.
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