Sete Lagoas acaba de receber o projeto Estação de Memórias, uma iniciativa voltada para o resgate da trajetória do trem de ferro no município. A ação é promovida pela AIC – Agência de Iniciativas Cidadãs, organização da sociedade civil de Belo Horizonte, em parceria com a Prefeitura de Sete Lagoas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A proposta é transformar o Museu do Ferroviário, localizado na região central da cidade, em um espaço dinâmico de memória, com um acervo construído a partir da colaboração da própria população. O projeto foi apresentado oficialmente durante o evento “Café com Prosa”, que reuniu ex-ferroviários, familiares, historiadores e entusiastas da história local.
Para que esse espaço ganhe vida, a participação da comunidade é essencial. A equipe da AIC está mobilizando moradores, instituições e descendentes de ferroviários para reunir relatos, fotografias, objetos, documentos e lembranças que ajudem a contar essa história. “Contamos com a colaboração da população para juntos construirmos esse espaço de memória”, destaca a equipe no material de divulgação.
Quem quiser contribuir pode entrar em contato pelo telefone (31) 99731-8470 ou pelo e-mail [email protected]. Outras informações estão disponíveis no site aic.org.br/atuacao/cultura/estacao-de-memorias e nas redes sociais da AIC.
Sobre o Estação de Memórias
Criado em 2019, o projeto Estação de Memórias é uma iniciativa da VLI Logística, com apoio das prefeituras municipais, e já passou por diversas cidades brasileiras. Sua proposta é resgatar e valorizar a memória ferroviária por meio de espaços expositivos construídos a partir da cocriação com as comunidades locais.
Por meio de encontros e entrevistas, o projeto identifica histórias e lembranças de quem vivenciou o cotidiano das estações e ferrovias. O material coletado é transformado em acervo visual e documental disponível para visitação.
Em 2024, além de Sete Lagoas, já foram inauguradas estações de memória em São João del-Rei e Tiradentes. Estão previstas ainda inaugurações em Santa Luzia, Formiga, Mateus Leme, Itaúna, Pedro Leopoldo (MG), Alagoinhas (BA) e Aguaí (SP).
Preservar o passado para construir o futuro
Segundo Maria Clara Fernandes, gerente de Responsabilidade Social da VLI, “a preservação do patrimônio histórico e da memória ferroviária é um dos pilares da estratégia de atuação social da companhia. Valorizar o passado é essencial para construir o futuro”.
Além do valor simbólico, o projeto também traz benefícios práticos: em Minas Gerais, os municípios participantes têm sua pontuação elevada no Programa ICMS Patrimônio Cultural, coordenado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). Isso se traduz em mais recursos repassados pelo Governo do Estado para ações de preservação.
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