
O novo casal de leões brancos do Jardim Zoológico de Belo Horizonte, Mafu e Pretória, vem chamando a atenção dos visitantes pela beleza e pela tranquilidade com que se adaptaram ao novo lar. Eles seguem sendo observados intensivamente pela equipe técnica para avaliação da sua adaptação, condições de saúde, hábitos e comportamentos.
Os dois felinos são oriundos do Parque Beto Carrero, que resolveu descontinuar a permanência de animais no local. Como estão habituados à vida sob cuidados humanos, sem condições de retorno à natureza, os animais ficarão no Zoo de BH e vão integrar o plantel com o objetivo de serem incluídos em um plano de conservação internacional dessa espécie.
No dia a dia, eles seguem uma rotina de alimentação cuidadosamente planejada e de manejo que busca reproduzir o comportamento natural da espécie, garantindo saúde e equilíbrio. A dieta dos leões é planejada por uma zootecnista, que define cardápios equilibrados de acordo com as necessidades de cada indivíduo. A alimentação inclui carnes selecionadas e segue padrões internacionais de nutrição para grandes felinos, com acompanhamento diário da condição de escore corporal, da saúde e do comportamento.
Além da alimentação cuidadosamente planejada para os leões, o Zoo mantém produção própria de capim e hortaliças para o consumo dos herbívoros e primatas da instituição, o que garante mais qualidade e controle sobre os alimentos. O setor de produção de alimentos conta com uma área de aproximadamente 60 mil metros quadrados de terra cultivada. São produzidos mais de 21 mil quilos de hortaliças e 145 mil quilos de capim, por ano.
Além da capineira, na área de cultivo tem legumes, milho, feijão, rami, malvavisco, sansão-do-campo e frutas como amora, mamão, pitanga, manga, jabuticaba, jaca, pitomba, acerola, jatobá, abiu e abacate. Na horta são produzidos alface, almeirão, couve, acelga, mostarda, cebolinha, salsa, ramas de batata-doce, folhas de feijão e de milho.
“A alimentação é ajustada conforme o comportamento e as condições de saúde de cada animal. Temos casos como o do chimpanzé Serafim, que é diabético e recebe dieta especial, o que mostra o cuidado individualizado com cada espécime do plantel”, destaca Sandra Cunha, bióloga, diretora de Zoobotânica e gerente interina do Jardim Zoológico da FPMZB.
Plantel diversificado e cuidados com o bem-estar
O Zoológico de BH abriga cerca de 3,5 mil animais de mais de 200 espécies diferentes e foi o primeiro do país a receber a Certificação em Bem-Estar Animal, concedida pela Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) em parceria com a ONG internacional Wild Welfare. O reconhecimento comprova o compromisso da instituição com a saúde, o conforto e a segurança dos animais sob seus cuidados.
Com Mafu e Pretória, o Zoo reforça seu papel como espaço de educação ambiental, pesquisa e conservação da biodiversidade, promovendo o aprendizado e a conscientização sobre a importância de respeitar e proteger os animais.
“Nosso maior objetivo é garantir que cada animal tenha uma vida saudável, tranquila e estimulante, atendendo os pilares do bem-estar animal, onde os cinco domínios são usados como base para criar programas de enriquecimento ambiental e práticas de manejo que simulem o máximo possível a vida selvagem — e que o visitante possa aprender com esse exemplo de respeito à fauna”, conclui Sandra Cunha.
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