Após matar o pai a facadas e marteladas na noite dessa quinta-feira (6), um jovem de 19 anos foi preso ainda na rua da casa em que vivia com o familiar, no bairro Arvoredo, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Ele estava ensanguentado, com uma mochila que escondia uma das armas do crime, quando a polícia o encontrou. Aos militares, o suspeito não contou o que o motivou a assassinar o pai, um homem de 57 anos.
Gritos começaram a ser ouvidos da casa em que os dois viviam por volta das 22h e, diante da confusão, o morador de uma residência próxima decidiu chamar a polícia. Na ligação, o vizinho contou que acreditava que o filho estaria matando o pai.
Quando os militares lá chegaram, o jovem estava ensaguentado, no bolso de sua calça foi encontrada a faca usada para golpear o pescoço da vítima e, na mochila, o martelo que também seria uma das armas do crime.
Na casa, o pai estava sujo, envolto em uma poça de sangue. O homem até foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ressaca, mas médicos constataram que ele já chegara ao hospital sem sinais vitais.
Peritos apontaram várias perfurações na proximidade do pescoço e outros ferimentos pelo corpo. Assim, a ocorrência foi encerrada na Delegacia de Plantão de Contagem.
Suspeito tentou fugir
Depois de cometer o crime, o jovem teria saído de casa, com uma mochila e subiu a rua Mogno tentando calçar o par de tênis que levava na mão. Moradores que ali estavam perceberam que ele estava sujo de sangue, desconfiaram da situação e até temeram que um dos carros, que saía da garagem naquele instante, pudesse ser roubado.
"Meu filho e minha irmã estavam tirando o carro da garagem quando o rapaz parou, sentou no passeio. Acharam que ele poderia tomar o carro para fugir, mas o nosso cachorro não deixou. Nessa hora a polícia desceu a rua e ele subiu correndo, tentou virar a primeira à direita. Os policiais deram ordem de parada, mas ele continuou. Então, deram um tiro para o chão e foi aí que o rapaz parou", conta Flávia Maciel, moradora do bairro onde o crime aconteceu.
Moradores assustados
Assim que os primeiros gritos foram ouvidos, pessoas que moram na região acionaram a Polícia Militar através da rede "Vizinhos Protegidos" e, a partir daí, o assassinato foi o único assunto comentado nos grupos do WhatsApp, onde todos estavam muito assustados com o crime.
"O nosso bairro é um bairro muito tranquilo, com baixo índice de acidentes, roubos, assaltos... Nós conversamos muito no grupo (de WhatsApp), todo mundo querendo saber o que tinha acontecido e só mais tarde falarama que o filho esfaqueou o senhor. Mas a gente não conhece bem nenhum deles", relata.
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