A violência contra a mulher continua crescendo em Belo Horizonte. Mais um assassinato foi registrado na capital mineira. Desta vez, a vítima foi morta a tiros no Bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha. Câmeras de segurança flagraram o crime e as imagens vão auxiliar a identificar os aurores, que fugiram do local. A vítima trabalhava quando foi chamada pelos criminosos e executada com um tiro à queima roupa. Ela tinha um filho de cinco meses de vida.
O crime aconteceu na Rua Alair Marques Rodrigues. A mulher estava em seu escritório, onde trabalhava no ramo de seguros. Dois homens chegaram ao local, a chamaram e, em seguida, atiraram em uma curta distância. “Duas pessoas procuraram pela vítima. Ao atendê-los, foi alvejada por um disparo à queima roupa, de curta distância”, explicou um investigador da Polícia Civil.
Para a polícia, a dinâmica do crime mostra que pode se tratar de uma execução. “Nos faz entender que eles procuravam, especificamente a vítima, para executá-la. A partir dessa dinâmica que iniciamos as investigações”, afirmou o policial.
Depois do assassinato, os dois autores do crime fugiram. Próximo do local, eles abandonaram um veículo. Equipes da Polícia Civil fazem a perícia para tentar encontrar elementos que possam ajudar na identificação dos autores. As imagens das câmeras de segurança, que flagraram o homicídio, também serão analisadas.
“Tem que ser feito um tratamento da imagem, mas há uma identificação física destas pessoas que se aproximaram da vítima e a executaram com um tiro à queima roupa. Todas as linhas de investigação estão sendo analisadas para que o crime seja concluído o mais rápido possível”, comentou o investigador.
A violência contra a mulher vem crescendo. Somente no primeiro trimestre deste ano, uma mulher foi morta por marido, namorado, companheiro ou ex a cada três dias em Minas Gerais. No período, foram 64 feminicídios no estado e outras 104 tentativas. Em Belo Horizonte, o total de ocorrências deste tipo em 2019 já supera a totalidade de 2018. Já são nove mulheres assassinadas pelo ódio neste ano, contra sete no ano anterior.
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