Um homem de 34 anos foi preso, na tarde desta terça-feira (24), no centro de Belo Horizonte suspeitos de roubos de aparelhos telefônicos. Para ter acesso aos equipamentos, ele, que agia dia sim, dia não, usava a técnica do "abraço amigo".
"Aproximadamente há 30 dias nós começamos a perceber uma modalidade criminosa diferente aqui no hipercentro. As vítimas contavam de um 'abraço amigo'. Primeiro ele selecionava a vítima, aproximava, abraçava e dizia que estava 'preocupado' com a pessoa andando com a bolsa para trás e perguntava onde estava o celular. Quando a pessoa mostrava, ele agia de maneira intimidativa até levar o aparelho. Montamos uma estrutura de inteligência e hoje prendemos esse autor", explicou o major Claudio Henrique Santos, comandante da 6 Companhia do 1 Batalhão de Polícia Militar.
Aos militares, o homem confessou o crime e contou que mora em Sabará, na região metropolitana da capital. Dia sim, dia não, ele pegava o ônibus e deslocava para Belo Horizonte.
"Ele atuava, geralmente, em horário de almoço, na saída de escolas e também pelo maior fluxo de pessoas neste horário. Nós percebemos que os crimes estavam concentrados ali perto da praça Rui Branco, na rua Caetés. A maioria das vítimas era menor de idade. Inclusive, ele foi preso em flagrante no momento em que fazia uma abordagem", detalhou o militar.
Venda
Ainda segundo a polícia, o homem não voltava para a casa com os celulares. Ele, que cometia dois roubos por dia, vendia cada aparelho por aproximadamente R$ 500 dependendo do modelo e marca.
O criminoso, que não usava nenhuma arma durante os crimes, já tinha registros policiais por desacato e lesão corporal. À reportagem, o homem afirmou que só falaria em juízo.
"A Polícia Militar vem sempre orientando o cidadão com dicas de segurança para que o indivíduo tenha autoproteção. Não andar com bolsas nas costas, tomar cuidado nos pontos de ônibus, não ficar conversando no celular na rua sem necessidade. Tudo isso inibe e ajuda muito o trabalho da polícia. Conseguimos fazer um trabalho preventivo e diminuir a oportunidades. Os criminosos vivem de oportunidades. Aquelas pessoas que estão mais distraídas, geralmente, se tornam alvo", finalizou o major.
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