Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) se encontraram, nessa segunda-feira (9), para conversar sobre o “momento que atravessa” o país. Lula, que está à frente das pesquisas presidenciais, disse que juntos eles irão derrotar o “desastre” que é o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). A declaração foi postada em rede social.
“Olha quem apareceu por aqui hoje! Muito bom reencontrar essa guerreira e companheira Dilma. Conversamos muito sobre o momento que atravessa nosso país. Vamos derrotar esse desastre chamado governo Bolsonaro”, escreveu o petista no Twitter.
Olha quem apareceu por aqui hoje! Muito bom reencontrar essa guerreira e companheira @dilmabr. Conversamos muito sobre o momento que atravessa nosso país. Vamos derrotar esse desastre chamado governo Bolsonaro.
— Lula (@LulaOficial) August 9, 2021
Foto: Cláudio Kbene pic.twitter.com/2RdfDnPVBt
Além das críticas ao atual governo, o ex-presidente Lula chamou Bolsonaro de “incompetente político”, “charlatão” e responsável por “destruir” a imagem do Brasil em nível internacional, em entrevista a uma emissora alemã. O petista ainda disse, mais uma vez, que o atual presidente sabe que será derrotado nas eleições e por isso insiste em falar de voto impresso. “Bolsonaro tem medo porque sabe que vai perder e ele perdendo tem medo de ser preso”, declarou à ARD.
Lula explicou à emissora estrangeira o motivo da oposição chamar Bolsonaro de genocida. “Quando a gente chama Bolsonaro de genocida é porque são quase 600 mil mortos que temos nesse país e uma parte [desse número de óbitos] é da responsabilidade do Bolsonaro”, além de ter lembrado do menosprezo e negação do presidente em relação à gravidade do novo coronavírus, apesar de todos os alertas.
“[Bolsonaro disse] que a pandemia não existia, que era uma pequena gripe, que ele que era atleta não teria problema… depois ele transformou em inimigos todo mundo que pensava da forma correta”, completou, referindo-se aos ataques de Bolsonaro a qualquer mandatário que tomasse medidas para conter o avanço da Covid-19.
Lula destacou que não tem intenção de “fazer nenhuma revolução”, mas, sim, “garantir” que os brasileiros tenham acesso a direitos básicos, além de continuar “brigando” para reconstruir a democracia no país. O petista ainda disse que, caso preciso, disputará as eleições presidenciais de 2022.
“Não tenho outra coisa a fazer na vida a não ser tentar brigar para recuperar a democracia [no Brasil]. Não tô querendo fazer nenhuma revolução. Quero garantir que o povo tenha o direito de tomar café, almoçar e jantar, quero garantir que o povo tenha acesso a universidade e escola de qualidade, tenha direito a moradia, acesso ao lazer, à cultura e terra pra plantar”, disse Lula à emissora.
Em relação à disputa para o cargo de presidente, disse que “pode” ser candidato, caso o partido decida por lançá-lo, caso ele esteja bem de saúde e caso ele consiga construir uma aliança política. As alianças, porém, dever permiti-lo governar o país, e não apenas ganhar o pleito. O ex-presidente descartou a possibilidade de abrir mão da própria candidatura para abrir caminho para um candidato de “terceira via”. Para o ex-presidente, quem “pode deixar um candidato de terceira via [vencer as eleições] é o povo”.
“Não preciso ser candidato, mas tenho um partido político e uma maioria da sociedade que me quer candidato. Por que haveria de abdicar para atender os meus adversários? Todo mundo que quiser evitar que o Lula seja candidato não vota no Lula; ou todas as pessoas que acham que deve ser outro candidato, que se lance candidato”, finalizou.
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