
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada na disputa pela Presidência, declarou, nesta quarta-feira (5), apoio no segundo turno ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizendo não reconhecer no atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), compromisso com a democracia.
"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto, porque reconheço seu compromisso com a democracia e a Constituição, o que desconheço no atual presidente", afirmou Tebet em pronunciamento.
Segundo a senadora, o que está em jogo é "muito maior do que cada um de nós".
Tebet afirmou que, nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. Segundo ela, a diversidade brasileira está esmigalhada por todos os tipos de discriminação.
"Neste ponto, um desabafo: de que vale irmos às nossas igrejas, proclamar a nossa fé, se não somos capazes de pregar o evangelho e respeitar o nosso próximo nos nossos lares, no nosso trabalho, nas ruas de nossa pátria?"
Tebet disse ainda que seu apoio "não é por adesão". "Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos, inclusivo, generoso, sem fome e sem miséria, com educação e saúde de qualidade, com desenvolvimento sustentável", afirmou.
Ela disse manter críticas aos dois candidatos que disputarão o segundo turno e que ouviu apelos para que optasse pela neutralidade. Mas ressaltou: "Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública".
A senadora encerrou o discurso sinalizando a intenção de ir às ruas contra a reeleição de Bolsonaro. "Até o dia 30 de outubro, estarei nas ruas, vigilante; meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social; minhas preces, por uma campanha de paz."
Após o pronunciamento, integrantes da campanha de Tebet conversaram com membros do comitê petista para discutir agenda da senadora.
Entre as propostas apresentadas por Tebet estão a de zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS, e resolução do problema do endividamento das famílias —em especial das que ganham até três salários mínimos mensais. Ela propõe que seja sancionada lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções. O acolhimento dessas propostas está sendo tratado com Geraldo Alckmin, candidato a vice de Lula.
Também após seu discurso, em entrevista à GloboNews, Tebet desconversou sobre compor o ministério de Lula em caso de vitória do petista, como se ventila. Disse que o assunto não foi tratado entre ela e o candidato do PT e que seu apoio não foi condicionado a nenhum acordo.
"É preciso primeiro ganhar a eleição. Meu voto é independente de qualquer coisa, é pela democracia, Constituição e políticas públicas. Em nenhum momento foi apresentado ou oferecido cargos, e eu sequer aceitaria essa discussão. Não quero cargos, não quero ministérios, eu quero um Brasil que volte a ter paz", afirmou a senadora.
Tebet disse ainda que estará em palanques regionais de candidatos que apoiem Lula ou onde houver composição com seu partido, sem restrições. Ela afirmou que agora espera a equipe de Lula responder se aceita incorporar à plataforma de campanha do petista as sugestões que ela apresentou.
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