O Departamento Nacional de Trânsito de Minas Gerais (Detran–MG) recomenda que os motoristas que vão renovar ou tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E façam o exame toxicológico. A nova decisão foi adotada porque, até o momento, não há um julgamento definitivo que suspenda a obrigatoriedade do exame, como era pretendido pelo órgão no mês passado. Os motoristas aprovaram as medidas.
Em Sete Lagoas existe somente um laboratório que faz a coleta de material e encaminha para análise credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).Os preços do exame variam de R$ 298 a R$ 370, com prazo de entrega entre 7 e 15 dias úteis.
A exigência do exame começou no dia 2 de março, mas o Detran-MG atendeu a uma recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) para que não aplicasse a legislação no Estado. “O documento do MPE considerou o alto custo do exame, além de questionar a sua eficiência, uma vez que não existem estudos que comprovem o fato desta medida impactar na redução de acidentes. Outro fator destacado na recomendação foi em relação ao credenciamento dos laboratórios, que apresentou requisitos questionáveis, como a exigência de uma certificação não nacional”, informou a nota enviada pelo Detran-MG.
Ainda de acordo com o órgão, desde o início da obrigatoriedade, cerca de 7,7 mil carteiras foram bloqueadas no sistema e agora serão emitidas, gradualmente, conforme informação do Denatran.
Motoristas dizem que medida tinha quer se para todos
Eurípedes Florindo da Silva é caminhoneiro há 45 anos. No mês de julho, ele vai renovar a CNH. A longa trajetória nas estradas o fez apoiar a exigência do exame toxicológico. “Nem todos trabalham da mesma forma. Eu já vi muitos colegas de profissão usarem substâncias proibidas para alcançar suas metas e, por causa disso, se envolverem em graves acidentes. Mas acho que a medida deveria ser para todas as categorias”, afirmou.
A motorista Edenice Rabuske trabalha há 5 anos no ramo. Ele viaja do interior do Rio Grande do Sul a Salvador toda semana e afirma que os caminhoneiros têm uma parcela de responsabilidade, mas a exigência também deveria valer para as outras categorias. “É uma exigência que deveria valer tanto para os caminhoneiros quanto para os demais motoristas que podem causar acidentes se não estiverem em suas condições normais. A medida é ótima, mas tem que ser para todo mundo”, disse.
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