O bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres, um monsenhor e funcionários administrativos foram presos na manhã desta segunda-feira (19), durante operação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) contra desvios de recursos na Igreja Católica em Posse e em duas cidades do Entorno do Distrito Federal – Formosa e Planaltina.
O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões. Segundo a investigação, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.
Bispo e padres são presos na Operação Caifás
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontam que o grupo comprou uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com dinheiro desviado de dízimos e doações.
Em decisão, juiz disse haver indícios de que o dinheiro era usado para despesas pessoais e que carros da Diocese de Formosa eram usados com fins particulares.
Dinheiro apreendido (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
Administrador temporário
O papa Francisco nomeou nesta quarta-feira (21) o arcebispo de Uberaba, em Minas Gerais, Dom Paulo Mendes Peixoto, como administrador apostólico da Diocese de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, após as denúncias de desvio de dízimo e corrupção na unidade. Segundo a Nunciatura Apostólica no Brasil, ele auxiliará nas atividades das paróquias da região até que seja nomeado um novo bispo.
O arcebispo de Uberaba, Dom Paulo Mendes Peixoto
Após ser nomeado, Peixoto escreveu em um comunidado, que está "feliz com a confiança, mas preocupado com os desafios que, certamente, terá de enfrentar".
"A Igreja está preocupada com a realidade da diocese de Formosa, que estava até ontem sem administrador e, por isso, começa agora um novo caminhar, com minha presença, até que seja nomeado um novo bispo diocesano. Minha disposição é para dar àquele povo de Formosa, até o momento muito abalado, mais esperança e confiança na sua prática cristã", destacou.
Fonte: G1 GO
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