A Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira (15) mandados de condução coercitiva - que é quando a pessoa é levada para depor - e de busca e apreensão em Santa Luzia, na Grande BH, e em Belo Horizonte. A operação investiga fraudes em licitações e desvio de verbas envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde de Santa Luzia. Foram alvos imóveis ligados à prefeita afastada Roseli Pimentel (PSB), que está por suspeita de envolvimento na morte de um jornalista.
"A prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, já presa por suspeita de encomendar um assassinato, é alvo do mesmo inquérito policial, que apura também desvios de valores da área da saúde", disse a Polícia Civil sobre a operação desta sexta-feira (15).
A polícia informou que, ao todo, foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, sendo três em Belo Horizonte e um em Santa Luzia, e três de condução coercitiva.
Pela manhã, os policiais foram cumprir mandados de busca e apreensão na casa de Roseli. Pouco tempo depois saíram levando um computador e documentos. Depois, eles seguiram até um prédio em construção, que também pertenceria à prefeita afastada, mas no local não encontraram nada que pudesse estar relacionado à investigação.
Os policiais também foram cedo para cumprir mandado de condução coercitiva em um prédio, no bairro Prado, na Região Oeste da capital mineira, mas os policiais informaram que, segundo vizinhos, o investigado se mudou há 15 dias.
Em outra casa, no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, um homem foi levado para a delegacia para prestar depoimento. Um notebook foi apreendido.
“Refere-se à investigação de crimes de corrupção e fraude licitatória na área de saúde na Prefeitura de Santa Luzia. Estão sendo cumpridos ainda quatro mandados de busca e apreensão e condução coercitiva de alvos envolvidos nessa investigação. Nós não podemos dar informações no presente momento porque a operação ainda está em andamento. Tem envolvimento da prefeita que agora está presa, foi presa pela [Delegacia de] Homicídios. A gente trabalha inclusive em conjunto com o Departamento de Homicídios”, disse o chefe do Departamento Estadual de Investigações a Fraudes, Rodrigo Bossi de Pinho.
A prefeita afastada está presa na Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, desde o dia 7 de setembro. Ela é suspeita de envolvimento na morte do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal "O Grito". O crime foi em agosto do ano passado.
Ainda segundo a polícia, a prefeita pagou R$ 20 mil pela execução do assassinato e para isso cometeu outro crime: peculato.
As investigações apontam que o dinheiro saiu da prefeitura, por meio de uma nota fiscal que simulou a compra de três toneladas de mamão para merenda escolar.
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